Enfermagem da Faculdade de Ilhéus auxilia projeto de combate à hanseníase
Estudantes do Curso de Enfermagem da Faculdade de Ilhéus participaram, no mês de maio, de uma ação integrada para detecção de casos de Hanseníase no município de Ilhéus, realizada pelo “Projeto Espelho Meu”, do Programa Municipal de Tuberculose e Hanseníase, em parceria com a Rede Universitária de Combate a Hanseníase (Rede Hans Bahia) e o Núcleo Morhan Regional de Ilhéus (Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase). O colegiado do curso de Fisioterapia também está envolvido no Projeto.
Segundo o coordenador do curso de Enfermagem, professor Robson Vidal, dentre as atividades realizadas, ocorreu uma capacitação/sensibilização dirigida à equipe da Unidade de Saúde da Família (USF) do Ilhéus II, aos estudantes e colaboradores, seguida de busca por casos suspeitos de Hanseníase, além da realização de ações de Educação em Saúde. Os discentes foram acompanhados pelas professoras da disciplina Prática de Enfermagem em Saúde Coletiva II, Roberta Marques e Kátia Diaz.
Casos suspeitos são encaminhados para avaliação junto ao serviço de Referência que funciona no Centro de Atendimento Especializado – CAE III (antigo SESP), localizado na Avenida Canavieiras, centro da cidade. O projeto “Espelho Meu” vai acontecer até o mês de dezembro de 2022 em outros bairros da cidade.
A Hanseníase é uma doença infecciosa, transmissível e de caráter crônico, que ainda persiste como problema de saúde pública no Brasil. Seu agente etiológico é o Mycobacterium leprae, um bacilo que afeta principalmente os nervos periféricos, olhos e pele. A doença atinge pessoas de ambos os sexos e de todas as faixas etárias, podendo apresentar evolução lenta e progressiva e, quando não tratada, é passível de causar deformidades e incapacidades físicas, muitas vezes irreversíveis.
Em 2020, foram reportados à Organização Mundial da Saúde (OMS) 127.396 casos novos da doença no mundo. Desses, 19.195 (15,1%) ocorreram na região das Américas e 17.979 foram notificados no Brasil, o que corresponde a 93,6% do número de casos novos das Américas. Brasil, Índia e Indonésia reportaram mais de 10.000 casos novos, correspondendo a 74% dos casos novos detectados no ano de 2020. Nesse contexto, o Brasil ocupa o segundo lugar entre os países com maior número de casos no mundo, atrás apenas da Índia (OMS, 2021).